2009/02/25

De Alvalade até ao Poljud

Uma equipa que tem o apoio dos seus adeptos mesmo nas derrotas com pendor a vergonha, deveria pensar duas vezes antes de entrar em campo e dar tudo por tudo. Principalmente, quando nada mais há a ganhar do que um campeonato que continua cheio de vícios e manhas. E estes vícios e manhas, de nada servem como justificação, em jogos como os de Alvalade, sem chama nem glória. Em que a postura em campo, sem ponta por onde se lhe pegue, vale tanto ou mais do que um golo da vitória. No final, nem postura, nem vitória. Nada. E aqueles que andam a dar pontapés na bola lá em baixo no relvado, nem se podem queixar da falta de apoio, porque ouvirem cânticos e palmas de incentivo durante o treino de descompressão pós-jogo, depois de um jogo destes, não é para todos. Esta crítica e este lamento, é extensível ao treinador. Causa-me confusão como é que ele, dando tanta importância às estatísticas de jogo, continue a ignorar que há jogadores avançados mais produtivos do que outros que parecem ter o lugar cativo na equipa. Ou que o jogo produzido pela equipa aumenta de qualidade quando aquele craque que foi contratado por "estar entre os melhores três 10 do mundo", recua para o meio-campo, onde é o seu habitat natural. Se ao menos os resultados lhe dessem razão...
Entretanto, na Croácia, este fim de semana jogou-se o clássico exacerbado e de extremos entre o Hajduk e o Dinamo. Para quem não sabe, os BBB foram fundados por membros da Torcida, na altura em que a Jugoslávia era um país indivisível mas cheio de culturas e religiões antagónicas. Não havia sequer rivalidade entre os clubes. Hoje, é o que sabemos. De um lado, a Torcida Split. Do outro, os BBB. Ficam os links para galerias de imagem, onde se pode ver de tudo: desde o tifo TORCA a ser preparado antes do jogo, até ao efeito final nas bancadas e o ambiente infernal criado no Poljud, cheio de tochas e fumos.
http://flickr.com/photos/torcidaorg
Para terminar, no mesmo jogo, um bónus aqui. E donde esta veio, há mais.

2009/02/12

Para reflectir

Se pensarmos que os dirigentes do foculporto sempre se nortearam por um eterno e constante amor ao Benfica e sua cultura.

Se pensarmos que até há jogadores e treinadores assumidamente benfiquistas que mais cedo ou mais tarde acabaram por passar naquele lugar e levaram uma lavagem cerebral para passarem a nutrir uma especial simpatia pelo Benfica.

Se pensarmos que a esmagadora maioria dos que povoam aquelas bancadas se sentem mais realizados a cantar o hino do Benfica e não o do clube que apoiam.

No fundo, se pensarmos que tudo o que esteja relacionado com o foculporto e num raio suficientemente próximo do seu imundo antro, é sinónimo de respeito pelos adeptos benfiquistas.

Porque razão teria de ser diferente com a segurança e polícia daquele lugar?