2009/09/27

Diz que é uma espécie de futebol

Mais um jogo com ambiente frenético nas bancadas. Na do topo sul, lá em cima, dá para perceber que pára muita gente que já foi dos grupos de apoio do Benfica. O que, se por um lado é mau para os grupos, por outro lado acaba por ser positivo para o ambiente vivido no resto do estádio porque foram várias as vezes que tentaram contagiar os adeptos com os cânticos que saiam lá de baixo.
No relvado, só uma equipa convenientemente preparada para o anti-jogo nojento da equipa peixeira, é que conseguiria libertar-se daquele tipo de estratégia que se relaciona com tudo menos... futebol. Logo na primeira jogada do encontro, já o keeper deles se deixava cair no chão para perder tempo. Imediatamente todo o estádio ficou a saber ao que vinham. Fruta e pau foram de tal modo distribuidas pelo campo que mais parecia estarmos num mercado. Eternidades a marcarem pontapés de baliza e sempre do lado contrário ao do que a bola tinha saído, para queimar ainda mais tempo. Autênticas novelas para saírem do campo nas duas situações de expulsão. A do Pouga, então, chega a roçar o total desrespeito pelos próprios colegas de profissão. Tudo isto com a complacência do árbitro que o máximo que conseguiu fazer foi recuperar 5 minutos de desconto na primeira parte para compensar este anti-jogo cuja qualificação é uma vergonha. No fundo, é a cara que tem o treinador peixeiro, ao ter dito o que disse nos comentários de final do jogo.
É também nojenta a diferença de comportamento dessa equipa e do seu treinador quando joga com os seus amigos azuis. Há duas semanas jogaram contra eles, foram prejudicados em campo, mas o discurso roçou uma comovente fraternidade para com os tripeiros.
Equipas como estas deviam sair da Luz sempre goleadas face ao anti-jogo vergonhoso que praticam. Nem sequer sabem respeitar os próprios adeptos que gastam balúrdios para os apoiar. Já que o Marítimo não teve igual sorte com a mesma estratégia que adoptou, foi bom sair do estádio com a sensação que este crime não só não compensa como envergonha quem lhe dá corpo.
Foi para isto que vieram à Luz?

2009/09/18

Revisited

Foram vários os jogadores a elogiar os adeptos do Benfica esta época. Não é nada que me surpreenda, pois não é a primeira vez que tal acontece. Mas fico orgulhoso, porque sou um desses adeptos.
Depois do jogo no Restelo, uma espécie de nineties revisited, devido ao ambiente criado pelos grupos de apoio do Benfica, foi particularmente agradável saber que os jogadores falam disso e respeitam esta entidade mágica que está sempre presente nas bancadas.
Por falar em sempre presente, o Gullit, o Tino e a Rita não foram esquecidos pelos seus. Fez-se uma homenagem no sector, passados 15 anos desde que partiram. Mas o que mais surpreendeu pela positiva, foi a vénia que os jogadores do Benfica fizeram junto ao Topo Sul quando entraram em campo.
É bom saber que, ao fim e ao cabo, há quem ainda se lembre de alguns marcos importantes para aqueles adeptos que estão sempre presentes.
A mística também é isto.