Para mim, é muito simples. Nunca estive de acordo com a entrada de José Veiga no Benfica por tudo e por nada.
Por tudo, porque é do fêcêpê e ninguém me diz que não havia nenhum benfiquista que vestisse literalmente a camisola. Porque não me esqueço dos casos Paulo Sousa e João Pinto no Verão de 1994. Porque é impossível dissociar a transferência do Figo ao fenómeno do futebol indústria tal a forma como foi efectuada. Porque, assumido pelo próprio, festejava as derrotas do Benfica nas finais da Taça dos Campeões Europeus. Porque não tem nível nem formação para envergar uma camisola encarnada. E nem precisava de ter, basta não ser vermelho e branco. Porque tem a escola dos seus antigos amigos e agora inimigos do Dragão, própria de uma forma de estar que discordo desde sempre. Porque o conteúdo é bom mas a forma é lamentavelmente triste. O nível é baixo, a categoria inexistente. E para amenizar a forma, prefiro pensar que é a da escola dos seus ex-comparsas do fêcêpê e qualquer troca verbal e gestual de mimos entre eles é mesmo um problema deles. Lamento, é que tenha o Benfica inerentemente associado, porque quer-se queira ou não, é um dirigente do clube que ali está.
Por nada, porque não tendo nada a ver com futebol, quem foge aos seus compromissos fiscais, usando ou não, métodos que pisam a linha entre a imoralidade e a legalidade, não me merece respeito enquanto cidadão.
Há dois anos e meio, havia todas as razões do mundo para que José Veiga não entrasse no Benfica.
Mas é o Benfica que verdadeiramente me interessa. E, apesar de ser contra os meus princípios ter alguém no meu clube desta estirpe, reconheço-lhe mérito enquanto dirigente do SLB. Os resultados dos últimos tempos, falam por si e são evidentes. O cargo dentro do Benfica trouxe-lhe a visibilidade que nunca teve. Passam a ser públicos os incumprimentos fiscais e surgem notícias de acções do Fisco e outras interpostas nos tribunais pelos motivos menos abonatórios. A serem verdade, pessoalmente era motivo para se demitir automaticamente do seu cargo na Luz. Porque não basta ser, é preciso parecer. No entanto, ele não saíu e continuou no clube, alegando que tudo isso era em relação à sua vida privada e pessoal noutra actividade fora do Benfica. Fora e antes de entrar no Benfica. Dentro do Benfica, não se lhe conhecem incumprimentos, pelo menos publicamente. E até se recusou a fazer parte da estrutura administrativa da sad enquanto estes casos não estivessem resolvidos. Com ele no Benfica, o que não sai cá para fora passou a ser tudo o que não ficava lá dentro há poucos anos atrás. Vimos trabalho feito e vemos figuras ligadas, ou que já estiveram ligadas ao Benfica, a elogiar o seu trabalho dentro de nossa casa. E é isso que, no fundo, interessa. É para isso que devemos olhar, apesar da forma. Apesar de ninguém me tirar da cabeça que podia haver outra pessoa, um dos nossos, a fazer este trabalho sem estas novelas. Mas também é verdade que ninguém me tira da cabeça que não há coincidências e o facto da TVI (get off the air...) saber de antemão que iriam estar dois funcionários e um polícia para o arresto na casa de José Veiga, e ter estado presente para filmar, não deixa muitas dúvidas. Há aqui gato escondido com o rabo de fora. É que este tipo de acção é feita de surpresa e sem notificação do visado. Por isso, quem ficou no cargo, com todos os casos e contra-casos que até então se sucederam, não seria este que devia levar à saída de José Veiga.
Agora, há todas as razões do mundo para que não saia do Benfica.
3 Comments:
Bem basicamente tudo o que tenho a dizer é: o Veiga, a TVI e os azuis que se Fodam!
Abraço cá de baixo
gosto do ke dixes-te...texto mt conseguido.tenho a msm opiniao ke tu!força bennfica os verdadeiros smpre preseNNtes*
http://diabos82paiva.blogspot.com/
deiam um vista de olhos...
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