2005/11/27

Confesso, confesso que por aqui fiquei. Que entre laivos de raiva, aqui me aguentei. Que queria mas não podia. Que mísero dia! Já não acalentava muitas esperanças de poder estar presente, mas quando soube que os DV1982, para comemorar os vinte e três anos de vida, iam fazer um tifo com fumarada, os meus olhos até brilharam. Logo me passaram pela memória, as tardes e noites em que se cumpria o ritual de pôr o caxe à volta da cara por causa dos fumos, que eram usados sem qualquer repressão. Mas lá acordei com a sensação que entre duas paredes num lugar estreito, é como querer nadar sem ter o braço direito. E com a quase-certeza que estou destinado a falhar estes momentos que me remetem para o antigamente. Aqueles que me fazem sentir que isto ainda vale a pena. E em que mostramos a quem nos impõe barreiras à nossa liberdade que pior do que não fazer sentido, é a repressão a que estamos sujeitos. Não dá mesmo para perceber, uma vez que se uma fumarada é autorizada é porque não há perigo em se utilizar potes de fumo. Não tenho, nem faço tenções de ter a malfadada sporttv em casa - que tanto contribui para o futebol moderno - mas não resisti em ligá-la mesmo antes do jogo iniciar, com esperança que passassem as imagens da fumarada, se bem que a preto e branco e contorcidas pela codificação. Acertei em cheio, mostraram-nas. E eu tive de cerrar os punhos e morder os lábios...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Quando não vais é o que é, deixa de ir á bola!
E concordo contigo, se através de tantas burocracias, autorizações e sei lá eu mais o que, fazem grandes fumaradas, porque não se podem usar normalmente?? Depois obrigam um gajo a enfiar as coisas la pa dentro de maneiras mais manhosas! Oh meus amigos, Não havia necesssidadezzzzz.

Abraço do outro lado

8:24 da tarde  

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