Sempre acreditámos!
"Tento acreditar como acreditava quando tinha cinco anos... quando o coração te diz tudo o que precisas saber".
Não sei quem o disse, apenas sei que estava escrito num spot publicitário duma revista perdida cá em casa. Isto resume um pouco do que vivemos ao longo da época que acabou. É, talvez, o único ponto comum que nos acompanhou desde o primeiro até ao último jogo: o termos acreditado até ao fim. E mesmo quando a nossa crença era abalada - porque os jogadores não se esforçaram nem souberam respeitar o símbolo que trazem ao peito, como algumas vezes aconteceu, ou porque certas derrotas nos levaram a pensar que tudo estaria perdido - nunca deixámos de acreditar. No fundo e ao fim de tantos anos, o desejo de sermos campeões era o único que nos interessava. Fosse com goleadas de um a zero, fosse com futebol deplorável, fosse com vitórias ao cair do pano, esse desejo estava cravado em cada um de nós. Claro que durante os anos anteriores esse desejo também existia. Isso é incontornável, não só pela história do Benfica mas também pela esperança quase cega dos seus adeptos no início de cada época. Por muito mal que o clube estivesse - e ao longo destes onze anos houve alguns em que ninguém, no seu perfeito juízo e dentro da pouca racionalidade que o futebol permite, acreditava que fosse possível ser campeão - havia sempre uma réstea de esperança em que, como não podíamos estar melhor, pelo menos que os nossos rivais piorassem. Foi muito à base desta condição que se baseou grande parte da nossa esperança durante alguns desses longos anos. Mas este ano, por todas as circunstâncias e mais algumas que me ocorrem, o desejo de uma nação (ver-te Benfica, campeão!) sentiu-se com mais intensidade e tudo nos pareceu mais próximo de se concretizar. O nosso coração dizia-nos isso, principalmente na parte final do campeonato, e era isso que precisávamos de saber. E o que era um sonho, tornou-se realidade.
Depois de escrever estas linhas, chego à conclusão que a minha condição de benfiquista não necessita de recorrer ao coração para me dizer o que eu precisava de saber. Porque eu sempre quis ser campeão, qualquer que fosse a circunstância, ou não fosse eu do Benfica! É mesmo uma condição inata, crónica, genética de quem sofre de benfiquismo. Só assim faz sentido sentir o Glorioso, só assim faz sentido a sua existência. Foi assim que cresci e aprendi a ver o meu clube. O que está aqui em causa é que, em alguns momentos senti-me desiludido e desalentado. E nessas alturas duvidei do sonho. Ao contrário do que possa parecer, não há aqui nenhuma incompatibilidade entre o acreditar até ao fim e o ter duvidado em determinadas alturas. Posso ter dúvidas e continuar a acreditar, assim como posso acreditar mesmo duvidando em alguns momentos, porque nas derrotas também crescemos e aprendemos, como se de um infortúnio se tratasse. E nem sempre podemos ganhar, mas nunca deixamos de pensar no sabor de uma vitória ou na glória de um campeonato ganho aos rivais. Principalmente na última jornada e numa cidade que também ama o Benfica, ao contrário do que alguns gostam de dizer, porque quem viu a nossa chegada ao Bessa e o passeio da nossa equipa pelas ruas portuenses, percebe que o Porto também sabe vestir-se de vermelho. Por muito que custe a alguns...!
"Tento acreditar como acreditava quando tinha cinco anos... quando o coração te diz tudo o que precisas saber".
Não sei quem o disse, apenas sei que estava escrito num spot publicitário duma revista perdida cá em casa. Isto resume um pouco do que vivemos ao longo da época que acabou. É, talvez, o único ponto comum que nos acompanhou desde o primeiro até ao último jogo: o termos acreditado até ao fim. E mesmo quando a nossa crença era abalada - porque os jogadores não se esforçaram nem souberam respeitar o símbolo que trazem ao peito, como algumas vezes aconteceu, ou porque certas derrotas nos levaram a pensar que tudo estaria perdido - nunca deixámos de acreditar. No fundo e ao fim de tantos anos, o desejo de sermos campeões era o único que nos interessava. Fosse com goleadas de um a zero, fosse com futebol deplorável, fosse com vitórias ao cair do pano, esse desejo estava cravado em cada um de nós. Claro que durante os anos anteriores esse desejo também existia. Isso é incontornável, não só pela história do Benfica mas também pela esperança quase cega dos seus adeptos no início de cada época. Por muito mal que o clube estivesse - e ao longo destes onze anos houve alguns em que ninguém, no seu perfeito juízo e dentro da pouca racionalidade que o futebol permite, acreditava que fosse possível ser campeão - havia sempre uma réstea de esperança em que, como não podíamos estar melhor, pelo menos que os nossos rivais piorassem. Foi muito à base desta condição que se baseou grande parte da nossa esperança durante alguns desses longos anos. Mas este ano, por todas as circunstâncias e mais algumas que me ocorrem, o desejo de uma nação (ver-te Benfica, campeão!) sentiu-se com mais intensidade e tudo nos pareceu mais próximo de se concretizar. O nosso coração dizia-nos isso, principalmente na parte final do campeonato, e era isso que precisávamos de saber. E o que era um sonho, tornou-se realidade.
Depois de escrever estas linhas, chego à conclusão que a minha condição de benfiquista não necessita de recorrer ao coração para me dizer o que eu precisava de saber. Porque eu sempre quis ser campeão, qualquer que fosse a circunstância, ou não fosse eu do Benfica! É mesmo uma condição inata, crónica, genética de quem sofre de benfiquismo. Só assim faz sentido sentir o Glorioso, só assim faz sentido a sua existência. Foi assim que cresci e aprendi a ver o meu clube. O que está aqui em causa é que, em alguns momentos senti-me desiludido e desalentado. E nessas alturas duvidei do sonho. Ao contrário do que possa parecer, não há aqui nenhuma incompatibilidade entre o acreditar até ao fim e o ter duvidado em determinadas alturas. Posso ter dúvidas e continuar a acreditar, assim como posso acreditar mesmo duvidando em alguns momentos, porque nas derrotas também crescemos e aprendemos, como se de um infortúnio se tratasse. E nem sempre podemos ganhar, mas nunca deixamos de pensar no sabor de uma vitória ou na glória de um campeonato ganho aos rivais. Principalmente na última jornada e numa cidade que também ama o Benfica, ao contrário do que alguns gostam de dizer, porque quem viu a nossa chegada ao Bessa e o passeio da nossa equipa pelas ruas portuenses, percebe que o Porto também sabe vestir-se de vermelho. Por muito que custe a alguns...!
1 Comments:
Temos sempre de acreditar senão o que seria de nós? Foram 11 anos sempre a acreditar que seria para a próxima epoca, e finalmente foi esta, mas podia ser pa próxima ou ainda para a outra, mas temos sempre de acreditar não podemos baixar os braços e dizer: desisto.
Afinal de contas a Mistica Somos Nós!
Abraço do outro lado.
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