2009/12/13

Erros e azares
Isto foi um pouco como Braga, parte II.
Por todas as razões. Porque é um feudo tripeiro, onde vivem meia equipa e treinador emprestados pelos tipos lá de cima. E onde reinam as manhas e joguinhos que todos nós conhecemos. E quando digo todos nós, pensava eu que incluía os jogadores, técnicos e directores. Mas infelizmente, parece que não aprenderam nada com o jogo contra o Braga.
A juntar a isto, parece-me que houve ali um equívoco ao colocar o Di Maria no lugar do Aimar. Primeiro, porque o Di Maria é um anti-dez. E depois porque o argentino anda com a cabeça fora do sítio desde que se falou na sua transferência para Inglaterra. Já disse antes que lhe fazia bem tê-lo no banco por uns tempos. Até porque o Coentrão é, finalmente, um jogador em quem podemos e devemos confiar. Só que, a juntar a esse equívoco, parece-me que ter colocado o Coentrão ao mesmo tempo no onze titular, quando estaria em risco para o jogo contra os tripeiros, era um bocado abusar da sorte.
E aqui entra, e de que maneira, o azar supremo. Ou dito de outra forma, a sorte grande para os abomináveis lá do porto. Di Maria expulso. Coentrão suspenso. Ramires lesionado. Rubem Amorim lesionado. Aimar em dúvida. O que é que isto significa? Significa que, do meio campo titular, apenas resta o Javi Garcia. Que melhor cenário poderiam esperar os tripeiros? Logo agora... isto é quase como estender a passadeira vermelha aos gajos. Ao menos, que o Jesus tenha arte e engenho para dissimular uns quantos buracos nessa passadeira para os azuis se estenderem ao comprido.
Quanto ao que se passou nas bancadas, eu percebo. Percebo que pagar uma alarve exorbitância num estádio sem bancadas de jeito e sem visibilidade mínima, é como que pedir que haja "espectáculo" fora das quatro linhas. Mas nestas alturas, ninguém se lembra de analisar como é que em Portugal há directores de clubes que passam impunes com tamanhos roubos oficiais.